terça-feira, 5 de abril de 2011

Olho Por Olho

Com ácido feres, com ácido serás ferido !

Eis a lei no Oriente. A justiça em países como o Irã é a do tipo que eu considero a mais feroz, e, por isso mesmo, a mais eficaz.
Ladrões têm a mão decepada, estupradores são castrados e quem com ferro fere com ferro será ferido.
Muito mais justo do que condenar à morte. Morte é um castigo brando para quem comete atrocidades.

As notícias que nos chegam daquelas bandas de lá me fazem pensar o que seria dos criminosos brasileiros de a lei daqui fosse tão severa quanto a iraniana. Muito cabra safado iria pensar duas vezes antes de bater em mulher ou queimar mendigos ou bolinar crianças ou se embriagar para atropelar pessoas nas calçadas.

Enquanto nossa justiça tem a infame "pena alternativa", aquela que condena o bandido a trabalhos comunitários ou pagamento de cestas básicas, o Irã mostra como é que se faz:

O cara queimou a orelha de outro com ácido sulfúrico e o tribunal decidiu que ele deve perder um olho e uma orelha como punição. Sangue se paga com sangue, não com cadeia, onde o criminoso será sustentado pelo Estado numa instituição que só o transformará num bandido ainda mais cruel.
Não é "matou tem que morrer". Não. Matou, tem que perder os olhos e a língua, ser condenado a vagar pelo mundo na escuridão e no silêncio.

Em novembro último, um homem cegou o marido de sua amante com um ataque ácido na cidade sagrada de Qom, Irã, e foi condenado a perder um dos olhos. Em fevereiro, Majid Movahedi foi condenado à cegueira nos dois olhos depois de ter jogado ácido no rosto de uma colega da universidade, que recusara-se a aceitar sua proposta de casamento.




Já na ocidentalizada Hong Kong, o ataque ácido de um cara contra seus amigos - que feriu quatro deles - resultou numa pena de 13 anos de detenção. Isso é justo ?
Vejam as fotos de vítimas de ataques ácidos...dor maior não há. São pessoas desfiguradas a tal ponto que nenhuma cirurgia plástica dará jeito.


Este mês, em Bangladesh, três irmãs e o bebê de uma delas sofreram queimaduras por um ataque ácido feito por um familiar. Estes crimes são comuns no sul da Ásia, especialmente contra mulheres e costumam ficar impunes em países como Bangladesh, onde a honra masculina vale mais que a existência da mulher.


Ataques ácidos proliferam pelo mundo. Na Galícia/Espanha, uma garrafa de ácido foi atirada contra o ex-presidente de uma cooperativa de agricultores, também neste mês de dezembro.Então, não é exclusividade dos pobres asiáticos.








Eu sou a favor da justiça iraniana. Pode ser retrógrada, mas é a justiça sendo feita na mesma proporção do crime cometido. 





Graças a Deus, o único "ataque ácido" promovido aqui neste blog é o verbal, o do pensamento livre, o da constatação da miséria humana, o da denúncia. 

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