quarta-feira, 13 de abril de 2011

ESCATOLOGIA

Toda religião possui sua visão própria de fim dos tempos.                                       A parte da filosofia e teologia, contida em cada crença, que trata dos eventos finais da humanidade chama-se escatologia. Seja através de profetas, textos sagrados ou folclore, este é um tema comum a todas elas e diz respeito a todos.                                                                                                                    Paraíso, salvação, renascimento...quem não acredita em uma destas idéias ?   
Cristianismo extensas considerações a cerca do fim do mundo foram tecidas por Jesus, como registrado nos Evangelhos de Marcos, Mateus e Lucas. Ele contou de sinais que alertariam os cristão à proximidade do dia em que Deus virá julgar os homens por seus pecados, no entanto, Jesus sempre salientou que só Deus sabe quando acontecerá. Acreditam os cristãos que os mortos ressuscitarão neste dia. 
Igreja dos Santos dos Últimos Diaseles acreditam que Jesus aparecerá em Jackson County, Missouri, EUA, antes da segunda vinda propriamente dita, quando estabelecerá seu reino em Jerusalém. Joseph Smith Jr., primeiro profeta da Igreja, previu que os mortos ressuscitarão e no Julgamento Final as pessoas serão divididas em três reinos, sendo o especial aos que seguem sua religião, é claro.
Zoroastrismo de acordo com os seus preceitos, o mundo duraria doze mil anos. No fim de nove mil anos, ocorreria a segunda vinda de Zaratustra como um sinal e uma promessa de redenção final dos bons. No final dos tempos haveria o julgamento derradeiro de todas as almas e a ressurreição dos mortos.
Budismo Buda anteviu a destruição do mundo quando a imoralidade (roubo, violência, mentira, adultério e etc.) começarem a ser praticados de forma corriqueira. Segundo os ensinamentos budistas, atingir o Nirvana não é ir para o céu mas apagar as paixões materiais, o que provocaria uma transformação benéfica ao mundo...o que vai acontecer, por bem ou por mal.
Hinduísmo os textos sagrados afirmam que o mundo cairá em caos e degradação antes da manifestação do décimo avatar (encarnação de deus na terra). Ele fará chover morte e destruição por todos os lados, mas isto purificará a Terra e as pessoas serão puras como um cristal. A ordem será restabelecida e a Idade Dourada terá início.
Judaísmo os judeus crêem que eventos tumultuosos abalarão a ordem do velho mundo e Deus será reconhecido como a Lei que organiza tudo e todos. Os sinais do fim dos tempos são: judeus exilados voltando a habitar Israel, derrota de todos os inimigos, reconstrução do 3º Templo e achegada do Messias que, para os judeus, não é Jesus.
Criação e Destruição do Mundo Segundo o Candomblé
O ÍNICIO
Candomblé não é uma cultura mas uma combinação de várias culturas africanas como Bantu, Ketu, D´Angola e suas vertentes como a Umbanda e Quimbanda, todas derivações da África multicultural. As variações estão basicamente no culto a diferentes orixás e nos elementos do sincretismo que as compõem.                                                                        Portanto, explicar o mito da criação do mundo (bem como o seu fim) sob a ótica do Candomblé é compreender que várias tradições estão inclusas, numa tentativa de se homogeneizar tudo numa única versão.                                       
                                                                                                     “Para os Yorubás, por exemplo, no princípio de tudo ainda não existia a terra e os orixás viviam no orum. O mito diz que a Terra era então um vasto oceano e os orixás desejavam conhecê-lo. Obatalá encarregou Oxalá de descer e espalhar o pó preto que formaria a terra firme. Oxalá então partiu em viagem, mas no meio do caminho sentiu sede. Exu, vendo que Oxalá sentia sede, ofereceu-lhe vinho de palma.       Oxalá embriagou-se e caiu em sono profundo.
Obatalá então entregou o saco da criação a Odudua, que com ele desceu à Terra, jogou o pó preto sobre o oceano e tornando-se ela mesma uma galinha, ciscou o pó preto até que se formaram os continentes e toda a terra firme que há. Essa terra firme se chamou Aganju, filho de Odudua e Iemanjá."








                   O FIM
Tido como a serpente arco-íris,  Oxumaré nos remete ao mito do deus Maia Quetzalcoatl, a serpente emplumada, não ?
Oxumaré  é representado por uma cobra que engole a própria cauda e enrola-se ao redor da Terra para impedi-la de se desagregar. Quando este orixá perder suas forças, será o fim do mundo, daí a necessidade de sempre presenteá-lo com oferendas.”
A lenda da cobra que engole o próprio rabo é encontrado em diversas partes do mundo como símbolo mitológico para o início e o fim. Druidas, egípcios e indianos conheciam o Uróboro , que também é o símbolo alquímico da eternidade e é a provável explicação à origem do conceito do zero matemático. O budismo tibetano também usa a expressão “morder a própria cauda” para simbolizar o novo nascimento de um iniciado. 
Talvez, isto explique porque Oxumaré é  6 meses macho e 6 meses fêmea, num eterno renascer.

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